Conflito entre regiões que hoje correspondem ao Brasil e à Argentina levou à formação da República Oriental do Uruguai
Por Ana Carla Bermúdez
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h34 - Publicado em 17 dez 2015, 00h44
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1/10 Entre 1825 e 1828, o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata (que hoje é a Argentina) entraram em disputa pela Província Cisplatina, região que atualmente é o Uruguai. Esse conflito, conhecido como guerra da Cisplatina, teve diversas consequências - entre elas, a impopularidade do imperador Dom Pedro I no Brasil. (Imagem: Wikimedia Commons) (Wikimedia Commons/Divulgação)
2/10 Desde 1680, a região da Província Cisplatina era disputada pelas coroas de Portugal e Espanha. Sua localização, considerada estratégica, proporcionava grande domínio sobre a navegação em todo o rio da Prata, bem como acesso aos rios Paraná e Paraguai. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
3/10 O primeiro nome da região foi Colônia do Sacramento, dado por Portugal em 1680. No entanto, com o Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, o território passou a ser domínio da Espanha. Tudo permaneceu assim até 1816, quando tropas da coroa portuguesa invadiram a região e entraram em disputa com o batalhão do general uruguaio José Artigas. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
4/10 No dia 31 de julho de 1821, a região foi incorporada ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves com o nome de Província Cisplatina. No entanto, em 1825, durante o reinado de Dom Pedro I, um movimento de libertação se espalhou pela província. Liderados por Juan Antonio Lavalleja, os habitantes da Cisplatina se organizaram para declarar a independência da região pois não aceitavam pertencer ao Brasil. (Imagem: Wikimedia Commons) (Wikimedia Commons/Divulgação)
5/10 A região da Argentina a princípio apoiou o movimento de independência, oferecendo apoio político, alimentos e suprimentos de guerra aos libertários - no entanto, seu interesse era unicamente anexar a região da Cisplatina ao seu território logo que ela estivesse livre do controle brasileiro. A imagem mostra a bandeira da Província Cisplatina. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
6/10 Em reação ao apoio da Argentina à revolta, o governo brasileiro declarou guerra à região. No entanto, tanto o Brasil quanto a Argentina tiveram dificuldades em formar seus exércitos nacionais. Diversos combates aconteceram, forçando Dom Pedro I a gastar muito dinheiro dos cofres públicos. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
7/10 O conflito, no entanto, era bastante impopular entre os brasileiros, que temiam arcar com os custos da guerra através do pagamento de altos impostos. A independência do Brasil havia acontecido há pouco tempo, em 1822, deixando a economia brasileira bastante desfalcada. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
8/10 Após diversas batalhas, impasses em terra e um bloqueio naval brasileiro, França e Inglaterra atuaram como mediadoras para o fim do conflito em 1828. No dia 27 de agosto do mesmo ano, um acordo assinado entre Brasil e Argentina estabeleceu que ambos renunciariam às suas conquistas e reconheceriam a independência da Província Cisplatina, que passou a se chamar República Oriental do Uruguai. (Imagem: Wikimedia Commons) ()
9/10 Durante a guerra da Cisplatina, os gastos de Dom Pedro I com as batalhas não eram bem vistos. No fim, com a perda da disputa, sua imagem acabou ainda mais desgastada e sua impopularidade aumentou muito. Esse resultado, em conjunto a outros fatores, fez com que ele abdicasse do seu cargo em 1831. Com a saída de D. Pedro I, estabeleceu-se o período regencial, já que Pedro II tinha apenas 5 anos à época. (Imagem: Wikimedia Commons) (Wikimedia Commons/Divulgação)
10/10 Já o Uruguai, após alguns governos provisórios, teve seu primeiro presidente eleito em 1830: Fructuoso Rivera (foto). No entanto, o país passou por mais de dez anos de conflitos políticos devido à rivalidade entre Rivera e Juan Antonio Lavalleja - episódio chamado de Guerra Grande ou Guerra Civil do Uruguai. (Imagem: Wikimedia Commons) ()