A pergunta desta semana foi enviada pela Clara, via Instagram. Quem responde é Viktor Jean Lemos, professor de história do Curso Anglo.
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Para quem quer ser diplomata, é melhor fazer Relações Internacionais ou Economia?
Para compor o corpo diplomático brasileiro, é necessário prestar o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). Sendo aprovado, o candidato fica habilitado a ingressar no Curso de Formação de Diplomatas do Instituto Rio Branco. Entre os requisitos para concorrer a uma de suas vagas está a exigência de curso de nível superior. Ou seja, uma pessoa formada tanto em Relações Internacionais, quanto em Economia – bem como em qualquer outro curso, na verdade – cumpre o requisito formal para o CACD.
No entanto, para quem deseja ser diplomata e está em dúvida na escolha do curso superior faz sentido buscar uma formação que facilite o ingresso na carreira. Nesse sentido, o curso de Relações Internacionais pode ser uma boa escolha. Com uma grade interdisciplinar que abrange diferentes áreas do conhecimento – como história, geografia, ciências sociais, direito e economia – o curso dará ao candidato uma formação sólida e ampla. E mais direcionada também: ao final da graduação, a pessoa também estará familiarizada com os conteúdos que serão cobrados no CACD.
Já o curso de Economia tem uma grade de disciplinas menos ampla quando comparado às Relações Internacionais. Seu foco é verticalizado, e fica nos temas que envolvem o debate entre as Ciências Exatas e as Humanas. Esse aprofundamento maior pode ser interessante para os candidatos que cogitem seguir a carreira de diplomática, mas não descartam também ter outras atuações profissionais.
É importante ter em mente que o CACD funciona como um “segundo vestibular”, o que significa passar por uma prova tão ou mais rígida que a de ingresso nas faculdade. Ele exige uma preparação específica do candidato e é composto por três fases que cobram conteúdos aprofundados de: língua portuguesa, língua inglesa, língua espanhola, língua francesa, história do Brasil, história mundial, política internacional, geografia, economia e direito. Logo, o candidato formado em Relações Internacionais ou Economia estará em situação semelhante no quesito de preparação para a carreira de diplomata, pois ele terá de focar e estudar especificamente os conteúdos do Rio Branco.
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Por isso, é bom olhar para a escolha do curso superior de uma forma mais ampla. Leve em consideração, por exemplo, que os anos de faculdade são um período de descobertas, e que mudanças de planos são frequentes, inclusive nos desejos e sonhos profissionais. Nesse sentido, e considerando que o Brasil é um país que valoriza mais as carreiras mais tradicionais (o que se reflete, inclusive, em remunerações maiores), tomo a liberdade de sugerir a escolha pelo curso de Economia para a pergunta acima.
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