O que você precisa saber antes de ir estudar na Austrália
Para incentivar a internacionalização, a cada ano o governo australiano investe mais de US$ 200 milhões em bolsas de estudos para estrangeiros
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Quem pensa em estudar no exterior precisa, antes de tudo, fazer uma pesquisa extensa sobre os países onde poderá vir a morar. Para ajudar você nessa tarefa, o Guia do Estudante traz esta série de conteúdos em parceria com a Cambridge Assessment English, departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge especializado em certificações e avaliação da língua inglesa. O país da vez é a Austrália.
País dos cangurus, das paisagens paradisíacas e da conservação da vida selvagem, a multicultural Austrália é um dos 10 destinos preferidos dos brasileiros quando o assunto é estudar no exterior, de acordo com levantamento da Associação das Agências de Intercâmbio (Belta) em 2017.
O país tem vivido um momento próspero contínuo ao longo das últimas três décadas, revelando-se uma economia confiável e com um dos menores índices mundiais de desemprego. No ano passado, a Austrália figurou na segunda melhor posição do ranking de desenvolvimento humano conduzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que confirma suas boas condições de vida.
Aliado a isso, praticamente metade da sua população é formada por estrangeiros e por descendentes de outras localidades, tornando o destino aberto e receptivo para quem vem de fora. E, de quebra, o governo australiano concede ao estudante internacional a permissão de trabalho de até 40 horas por quinzena durante o período de aulas e em quantidade estendida durante as férias.
E isso não é tudo! Os australianos são também considerados o nono povo mais feliz do mundo, segundo o Índice de Prosperidade 2017. Então, se partir para a Austrália está na sua lista de desejos, listamos abaixo alguns itens que você pode gostar de saber:
Rico cenário educacional
O país conta com 43 universidades que possuem múltiplos campus espalhados pelo seu território. Em todos os sistemas de classificação global, a Austrália tem uma posição privilegiada em qualidade de educação, satisfação do aluno e reputação. Exemplo disso é que seis de suas instituições de educação superior figuram entre as 100 melhores do ranking Times Higher Education. São elas: Universidade de Melbourne, Universidade Nacional da Austrália, Universidade de Sydney, Universidade de Queensland, Universidade de Monash e Universidade de Nova Gales do Sul. Já no levantamento da QS, são sete as que se colocaram entre as 100 primeiras, incluindo a Universidade da Austrália Ocidental (The University of Western Australia).
Ainda nesse cenário, há outros dois fatores positivos. O primeiro deles é que o calendário acadêmico é dividido em dois semestres, de forma similar ao brasileiro, com inícios em fevereiro e julho. Isso permite uma melhor integração e facilidade para conciliar os estudos logo após o término de um ano letivo no Brasil.
Já o segundo está relacionado à experiência que os professores possuem em receber todos os anos estudantes vindos de diferentes países, tornando-os especializados em aplicar o inglês com quem é de fora e propiciando um ambiente mais amigável para que os alunos não tenham medo de se comunicar.
Visto válido para estudar e trabalhar ao mesmo tempo
Toda essa excelência cobra um preço. O custo de vida em solo australiano é alto e a média varia de acordo com a cidade escolhida, o tipo de moradia, a escola e o padrão de vida adotado.
A boa notícia é que é possível estudar e trabalhar ao mesmo tempo para poder bancar as despesas: o governo australiano concede ao estudante internacional a permissão de trabalho de até 40 horas por quinzena durante o período de aulas e em tempo integral durante as férias. Essa chance representa não apenas o ganho monetário, mas também um aprofundamento maior na cultura local e a ampliação da rede de contatos.
Mas isso não é automático: o processo precisa de uma aprovação concedida pelo Departamento de Imigração na Austrália (DIMIA) assim que os estudos iniciarem. No site do governo para temas de imigração é possível conferir toas as modalidades de visto para estudantes.
O inglês é obrigatório no processo de admissão
O idioma oficial da Austrália é o inglês e, por isso, as aulas nas instituições locais são ministradas na língua, o que também facilita a integração de estudantes internacionais. Grande parte das universidades, por exemplo, disponibilizam programas de melhoria do seu domínio depois da matrícula.
Entretanto, os processos seletivos possuem como condição obrigatória a comprovação do inglês em nível avançado para certificar-se de que os alunos terão condições de entender os conteúdos, assim como de participar das atividades propostas e de interagir com professores e colegas. Então, antes de embarcar, é necessário somar ao currículo uma certificação internacional de proficiência.
Na terra dos aborígenes, 100% das universidades aceitam o certificado do exame Advanced (nível C1 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas), de Cambridge Assessment English, para admissão dos cursos de graduação, extensão e especialização. O mesmo exame também é reconhecido pelo Departamento Australiano de Imigração e Proteção de Fronteiras (DIBP) para os vistos de estudante. No caso das instituições técnicas, chamadas de TAFE (Technical and Further Education), o First pode ser opção para comprovar o idioma.
Além de Sydney e Melbourne
![A cidade de Perth](https://gutenberg.network.grupoabril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2018/06/perth.jpg?quality=100&strip=info&w=1024&crop=1)
Abra a mente para todas as possibilidades! A Austrália possui cidades com perfis extremamente diferentes para agradar os mais variados perfis e para atender também as diferentes realidades econômicas.
Por exemplo: o custo de vida em Sydney e Melbourne, dois dos destinos favoritos dos estudantes, pode ser até 20% maior do que na Gold Coast, famosa pelos circuitos de surf, e cerca de 40% mais elevado do que em Hobart, que abriga a Universidade da Tasmânia.
Além delas, há ainda Adelaine, que abriga 27% dos alunos estrangeiros e que conta com o mais alto nível nacional das universidades, com quatro opções instaladas por lá; Perth, que empata com quatro universidades disponíveis; Brisbane, que é considerado o segundo destino mais barato para se viver na Austrália; Wollongong, que aos poucos conquista novos estudantes para somar aos seus pouco menos de 300 mil habitantes; e Canberra, a capital do país, que abriga a Universidade Nacional Australiana.
Governo investe anualmente em bolsas de estudo
Como forma de facilitar e incentivar o ambiente internacional, a cada ano o governo australiano investe mais de US$ 200 milhões em bolsas de estudos para estrangeiros. Ao todo, mais de 2,5 milhões de estudantes internacionais já se formaram no país que é berço de 15 ganhadores do prêmio Nobel. Entre as inovações australianas estão a penicilina, a fertilização in vitro, o ultrassom e as caixas pretas para gravações de voos.
Para conhecer mais sobre as opções de apoio financeir, neste site é possível conferir uma lista com regulamentos, valores e prazos de inscrição.
![Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio acadêmico em inglês ou até mesmo um curso intensivo no exterior para se aperfeiçoar na língua, é natural pensar em ir para países anglófonos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, muitos outros países ao redor do mundo oferecem oportunidades para quem deseja estudar em inglês - mesmo se essa não for a língua oficial deles. Saiba mais a seguir. (Imagem: iStock) Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio acadêmico em inglês ou até mesmo um curso intensivo no exterior para se aperfeiçoar na língua, é natural pensar em ir para países anglófonos, como os Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, muitos outros países ao redor do mundo oferecem oportunidades para quem deseja estudar em inglês - mesmo se essa não for a língua oficial deles. Saiba mais a seguir. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles11.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Alemanha</strong>. Mais de dois terços da população alemã fala inglês, e o país oferece diversos programas para quem quer estudar em inglês. Além de as universidades da Alemanha terem uma ótima reputação, o país é um dos poucos que oferecem educação gratuita para estudantes internacionais. Apesar de a maioria dos programas em inglês ser direcionada para o nível de pós-graduação, existem também alguns cursos para quem ainda está na faculdade. (Imagem: iStock) <strong>Alemanha</strong>. Mais de dois terços da população alemã fala inglês, e o país oferece diversos programas para quem quer estudar em inglês. Além de as universidades da Alemanha terem uma ótima reputação, o país é um dos poucos que oferecem educação gratuita para estudantes internacionais. Apesar de a maioria dos programas em inglês ser direcionada para o nível de pós-graduação, existem também alguns cursos para quem ainda está na faculdade. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles21.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Holanda. </strong>Segundo o próprio governo holandês, são oferecidos no país mais de 2100 programas em inglês, desde bacharelados até mestrados. Além disso, a comunicação com a população local não tem por que ser difícil para quem não fala holandês, já que 90% dos residentes no país falam inglês. A agência governamental Study in Holland possui, inclusive, um site para que os estudantes encontrem possam encontrar o curso ideal em inglês: https://www.studyinholland.nl/ (Imagem: iStock) <strong>Holanda. </strong>Segundo o próprio governo holandês, são oferecidos no país mais de 2100 programas em inglês, desde bacharelados até mestrados. Além disso, a comunicação com a população local não tem por que ser difícil para quem não fala holandês, já que 90% dos residentes no país falam inglês. A agência governamental Study in Holland possui, inclusive, um site para que os estudantes encontrem possam encontrar o curso ideal em inglês: https://www.studyinholland.nl/ (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles31.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Dinamarca. </strong>O país possui mais de 600 programas internacionalmente reconhecidos ensinados em inglês. Além disso, mais de 80% dos dinamarqueses falam inglês. (Imagem: iStock) <strong>Dinamarca. </strong>O país possui mais de 600 programas internacionalmente reconhecidos ensinados em inglês. Além disso, mais de 80% dos dinamarqueses falam inglês. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles41.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Suécia. </strong>Mais um país em que grande parte da população é capaz de se comunicar em inglês. Mais de 900 programas em inglês são oferecidos pelas universidades suecas. (Imagem: iStock) <strong>Suécia. </strong>Mais um país em que grande parte da população é capaz de se comunicar em inglês. Mais de 900 programas em inglês são oferecidos pelas universidades suecas. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles51.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Finlândia</strong>. As instituições finlandesas oferecem mais de 500 cursos em inglês gratuitamente para estudantes estrangeiros, sendo a maioria deles em universidades politécnicas e de ciências aplicadas. Há também um site para consultar todas as ofertas: https://www.studyinfinland.fi/ (Imagem: iStock) <strong>Finlândia</strong>. As instituições finlandesas oferecem mais de 500 cursos em inglês gratuitamente para estudantes estrangeiros, sendo a maioria deles em universidades politécnicas e de ciências aplicadas. Há também um site para consultar todas as ofertas: https://www.studyinfinland.fi/ (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles61.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Índia. </strong>Tanto em termos culturais quanto linguísticos, há uma grande diversidade na Índia: mais de 20 línguas são consideradas oficiais no país. Nas universidades indianas, no entanto, o inglês é amplamente utilizado, especialmente nos cursos de pós-graduação. Existem também cursos de inglês para falantes não-nativos que desejem se aperfeiçoar na língua. (Imagem: iStock) <strong>Índia. </strong>Tanto em termos culturais quanto linguísticos, há uma grande diversidade na Índia: mais de 20 línguas são consideradas oficiais no país. Nas universidades indianas, no entanto, o inglês é amplamente utilizado, especialmente nos cursos de pós-graduação. Existem também cursos de inglês para falantes não-nativos que desejem se aperfeiçoar na língua. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles71.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Egito. </strong>Apesar de a língua oficial do Egito ser o árabe, o inglês é extremamente utilizado em locais e cidades turísticas - prova disso é que muitas placas nas ruas estão tanto em árabe quanto em inglês. Além disso, instituições como a British University in Egipt e a American University in Cairo utilizam o inglês em suas aulas. (Imagem: iStock) <strong>Egito. </strong>Apesar de a língua oficial do Egito ser o árabe, o inglês é extremamente utilizado em locais e cidades turísticas - prova disso é que muitas placas nas ruas estão tanto em árabe quanto em inglês. Além disso, instituições como a British University in Egipt e a American University in Cairo utilizam o inglês em suas aulas. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles81.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Hong Kong. </strong>Um dos centros financeiros mais importantes do mundo, Hong Kong mistura as culturas ocidental e oriental e tem o inglês extremamente presente no cotidiano de seus habitantes. No ensino superior, isso não é diferente: quase todas as universidades oferecem cursos em inglês. (Imagem: iStock) <strong>Hong Kong. </strong>Um dos centros financeiros mais importantes do mundo, Hong Kong mistura as culturas ocidental e oriental e tem o inglês extremamente presente no cotidiano de seus habitantes. No ensino superior, isso não é diferente: quase todas as universidades oferecem cursos em inglês. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles91.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)
![<strong>Malásia. </strong>A Malásia vem se tornando cada vez mais uma opção popular entre os estudantes internacionais. Como reflexo disso, o país fez uma série de investimentos no setor da educação superior, inclusive permitindo a instalação de campus internacionais operados pela University of Nottingham, da Inglaterra, e pela Monash University, da Austrália. O inglês é amplamente utilizado em instituições particulares e também em algumas universidades públicas. Além disso, muitas instituições oferecem cursos de proficiência em inglês para quem deseja se aperfeiçoar no idioma. (Imagem: iStock) <strong>Malásia. </strong>A Malásia vem se tornando cada vez mais uma opção popular entre os estudantes internacionais. Como reflexo disso, o país fez uma série de investimentos no setor da educação superior, inclusive permitindo a instalação de campus internacionais operados pela University of Nottingham, da Inglaterra, e pela Monash University, da Austrália. O inglês é amplamente utilizado em instituições particulares e também em algumas universidades públicas. Além disso, muitas instituições oferecem cursos de proficiência em inglês para quem deseja se aperfeiçoar no idioma. (Imagem: iStock)](https://gutenberg.guiadoestudante.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2016/10/galeriapaisesingles101.jpg?quality=100&strip=info&w=552&w=636)