Mitos e verdades sobre estudar na Inglaterra
É verdade que a libra é cara, mas algumas particularidades podem fazer do Reino Unido uma boa opção para quem quer estudar fora
Você tem vontade de estudar fora do Brasil, mas nem chegou a cogitar a Inglaterra porque sabe que a libra vale ainda mais que o euro, que já está caro para quem ganha em real? É comum que os estudantes de graduação ou pós fiquem de olho em cursos nos Estados Unidos, pela fama, e no Canadá, pelos preços mais acessíveis. Mas, se sua intenção é fazer um curso num país de língua inglesa, vale a pena considerar opções no Reino Unido.
Todos os anos, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte recebem cerca de 500 mil estudantes de 190 países. Os estrangeiros já compõem 20% do corpo discente de graduação e pós-graduação do país. É uma verdadeira torre de Babel.
Segundo Raimundo Sousa, diretor internacional da OK Student, fazer um curso numa universidade britânica tão bem avaliada quanto uma dos Estados Unidos pode sair mais barato. O primeiro fator é o valor da mensalidade, que, em muitos casos é menor do que nos Estados Unidos. Além disso, os cursos britânicos também podem ser mais curtos. Há graduações de 3 anos e o mestrado demanda um ano, por exemplo. Isso quer dizer que o aluno sai com graduação e pós no período de uma graduação no Brasil. “Essa duração mais breve permite uma economia significativa em termos de tempo e dinheiro”, afirma Sousa. A OK Student é uma empresa de consultoria que auxilia os alunos a se candidatar para universidades britânicas.
Outro ponto a ser considerado é o acesso ao sistema de saúde público de forma gratuita ou subsidiada para quem vai permanecer mais de seis meses por lá. Nos Estados Unidos, o sistema de saúde é privado e as contas podem sair bem salgadas.
O Reino Unido também oferece descontos em serviços públicos e privados de entretenimento e lazer, como museus, cinemas, pubs e bares, para estudantes. Além de facilidades para viajar e comprar livros e, em algumas cidades, tarifas especiais no transporte público. “Tudo isso permite uma boa qualidade de vida a um custo mais baixo”, diz o executivo da consultoria.
Por fim, o estudante estrangeiro tem permissão para trabalhar 20 horas semanais durante o período de estudos e em tempo integral durante as férias. “Com isso, é possível ganhar no mínimo £7 por hora, £140 por semana ou £560 por mês, livres de impostos”, explica Sousa. De acordo com uma pesquisa realizada pela OK Student, em 2018, com 1 mil estudantes que estavam no Reino Unido, mais de 50% deles trabalhavam e se custeavam integralmente, cerca de 30% trabalhavam, mas tinham ajuda dos pais para bancar uma parte dos gastos, e apenas 9% eram totalmente financiados pelas famílias. Além disso, após terminar o curso de graduação ou pós-graduação, o aluno pode permanecer no país por dois anos trabalhando, o que é uma oportunidade para obter experiência internacional, valorizada no currículo.
Ficou interessado, mas quer saber mais? Sousa dá uma estimativa de custos para estudar no Reino Unido: “Um mesmo curso pode custar de 12 mil libras a 24 mil libras por ano, dependendo da universidade e da cidade. O alojamento pode variar entre 6 mil libras e 8 mil libras para um ano letivo. O custo de vida pode variar em até 30% de cidade para cidade. E o estudante que trabalhar part-time consegue pagar todas as suas despesas e ainda fazer umas viagens”.
Para quem se interessou por essa possibilidade, há mais informações sobre o processo de admissão das universidades britânicas na OK Student e sobre aprender inglês e estudar no Reino Unido no British Council.