Para a construção do mapa, o grupo atribuiu a cor vermelha à radiação gama de energia alta, ou seja, luz com energia entre 100 Mega Electron Volt (MeV) e 1 Giga Electron Volt (GeV), cor verde para a luz gama de energia bastante alta, entre 1 GeV e 10 GeV, e azul para a luz gama de energia altíssima, entre 10 GeV e 1 Tera Electron Volt (TeV). “Para efeito de comparação, a radiação que aparece na imagem possui energia entre cem milhões e um trilhão de vezes maior que a da luz visível, apesar de não ser vista pelos olhos humanos”, aponta Lucas Siconato, que também participou do projeto.
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Douglas Carlos, por sua vez, continua explicando: “Isso permite que a imagem realmente funcione como um mapa das fontes mais energéticas do céu e nos dê informações sobre que tipo de emissões temos em cada uma delas usando cores que nossos olhos podem distinguir”, explica Douglas Carlos, um dos astrofísicos que produziram a imagem. “No mapa podemos ver a emissão de diferentes tipos de fontes, que podem ser na forma fontes pontuais, ou emissão difusa originada da interação do gás do meio interestelar com raios cósmicos, partículas ultra-energéticas que viajam pelo espaço a velocidades próximas da velocidade da luz.”