O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou na manhã de hoje (19) que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) não terá condições tecnológicas de enviar uma cópia da correção da prova de redação para o cerca de 4 milhões de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. A determinação foi feita pela Justiça Federal do Ceará na última terça-feira (17).
De acordo com Haddad, não é só questão de querer, o Inep precisa se preparar tecnologicamente para isso. Por conta da inviabilidade da questão, o MEC e o Inep já informaram que vão recorrer da decisão da Justiça.
O edital do Enem não prevê a possibilidade de recurso, por isso muitos estudantes recorreram à Justiça para ter acesso à prova e tentar alterar a nota obtida. De acordo com o MEC, foram recebidos 122 pedidos judiciais de visa da prova da redação e todos foram atendidos. Desses, 79 resultaram em pedidos de revisão das notas e apenas um dos casos houve alteração da pontuação por determinação da Justiça e o MEC informou que irá recorrer.
Na segunda-feira (16), o MEC já havia informado que a partir deste ano todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão acesso à correção da prova de redação, em cumprimento a um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) no ano passado.
Medida da Justiça pode inviabilizar duas edições do Enem em 2011
Haddad também afirmou que a nova exigência da Justiça Federal poderá prejudicar a aplicação do Enem 2012 em duas edições. A primeira prova seria feita em 28 e 29 de Abril e já tinha sido confirmada pelo Inep, em uma publicação no Diário Oficial da União.
Na semana passada, o ministro já havia dito que a realização de duas edições do exame não estava garantida. Segundo ele, a dificuldade para viabilizar as duas edições é a de dobrar os esforços da realização de uma prova para 5 milhões de pessoas.
*Com informações de O Estado de S.Paulo
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