Quem não ama ficção científica? O gênero clássico vem sendo desenvolvido desde meados do século XIX, e desde então só vem ficando mais popular: Star Wars, X-Men, Capitão América, Homem Aranha… sem contar nas várias séries distópicas recentes que têm muito do gênero, como Divergente e Jogos Vorazes.
Se você também é fã dessas séries, não pode deixar de conhecer os livros que deram origem e inspiraram a produção atual. De alguns você já deve ter ouvido falar, mas alguns talvez ainda sejam novidade. Vem com a gente e já prepara a listinha para a próxima passada na livraria!
Eu, Robô – Isaac Asimov (1950)
Guarde esse nome: Isaac Asimov. O autor russo, que também era bioquímico, escreveu vários livros tendo como base ciência, robôs e o futuro. Um dos mais famosos é Eu, Robô, que deu origem ao filme de mesmo nome. São 9 contos, todos relacionados, que narram a evolução dos robôs através do tempo, chegando à completa disseminação pelo planeta.
Asimov chegou a criar princípios que ficaram conhecidos como as Três Leis da Robótica, que, segundo ele, permitiriam a existência de vida artificial na Terra sem que houvesse quaisquer conflitos. São elas:
1) Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2) Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3) Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Vale lembrar que as leis de Asimov não são de fato leis, mas direcionamentos que devem ser tomados na indústria da robótica (e são, mesmo!). Legal, não?
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O guia do mochileiro das galáxias – Douglas Adams (1979)
Já ouviu falar no Dia da Toalha? Ele é comemorado no dia 25 de maio como uma homenagem a Douglas Adams, autor da série O guia do mochileiro das galáxias, mais uma nosso hall ilustre de obras de ficção científica. Ele segue a história de Arthur Dent, um terráqueo que vê seu planeta sendo destruído e é forçado a escapar se aventurando pela galáxia. E por que “toalha”? No livro, a toalha é item obrigatório para os viajantes do espaço, se revelando útil em inúmeras situações. O item é tão importante na história que virou referência para todos os fãs. Não entre em pânico! 😛
Vinte mil léguas submarinas – Júlio Verne (1870)
O pai da ficção científica é ninguém menos que Júlio Verne, escritor do século XIX apaixonado por ciência. Em sua obra Vinte mil léguas submarinas, narra a história do Capitão Nemo e seu submarino, o Nautillus, movido a eletricidade, que percorre o mundo depois que o capitão e sua tripulação cortam relações com o restante da humanidade. Juntos, eles vão ao Polo Sul, descobrem a lendária Atlântida, ajudam populações e são tomados como monstros pelo governo francês. Na obra, Júlio Verne conseguiu prever invenções como a televisão, o submarino nuclear, o foguete. Não à toa, foi referência para várias expedições reais pelo mundo.
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Neuromancer – William Gibson (1984)
Em Neuromancer, o protagonista é um ex-hacker que, após tentar roubar uma grande empresa que o contratava, é envenenado e desconectado da inteligência artificial que controla o planeta, danificando seu cérebro. O autor introduz conceitos ainda pouco explorados, como o cyberespaço em forma física. Também vencedor do notório Prêmio Hugo, a obra inspirou derivadas como a trilogia Matrix.
Admirável mundo novo – Aldous Huxley (1932)
Admirável mundo novo é mais uma distopia: em um futuro distante, os humanos nascem através de incubadoras e são programados biológica e socialmente a cumprir os papéis determinados a si ao nascer, sendo controlados pela dor e pelo prazer. A sociedade é dividida por castas e não existe mais o conceito de família. O livro é chocantemente atual, visto que foi publicado há mais de 80 anos, mas exibe as consequências de um capitalismo selvagem e hiperevoluído na sociedade humana.
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Trilogia A Fundação – Isaac Asimov (1951)
Não falei para guardar o nome de Isaac Asimov? Digo isso porque, dentre os grandes nomes do gênero de ficção científica, é seguro dizer que ele é um dos maiores, se não o maior. Sua obra máxima é a trilogia A Fundação, série ambientada em um futuro distante, conta a história de um cientista que vê indícios de que a humanidade será destruída e todo seu conhecimento aniquilado. A partir disso, ele faz um plano que prevê as decisões que levarão a esse desfecho, buscando evitá-las. A obra foi tão inovadora para a época que ganhou o Prêmio Hugo, em 1966, de melhor série de todos os tempos, desbancando – pasmem – O senhor dos anéis.