Qual é a origem da expressão “segurar vela”?
A origem de um ditado popular que fala sobre estar fora de lugar

Você já foi aquele amigo que acompanha um casal apaixonado e fica ali… de enfeite, meio deslocado, tentando sorrir enquanto eles trocam carinhos e olhares? Pois saiba que você “segurou vela”. Afinal, de onde vem essa expressão tão comum quanto desconfortável?
Um passado iluminado (literalmente)
A origem da expressão “segurar vela” remonta à Idade Média, quando a iluminação artificial ainda era um sonho distante. Naquela época, era comum que criados segurassem velas ou candelabros para iluminar os aposentos dos nobres, inclusive durante momentos íntimos entre casais.
Na França, essa prática era conhecida como “tenir la chandelle”, que significa literalmente “segurar a vela”. Com o tempo, a expressão passou a ser usada de forma figurada para descrever quem está presente em uma situação romântica sem fazer parte dela — o famoso “intruso involuntário”.
Hoje, segurar vela virou sinônimo de estar sobrando entre um casal, geralmente em encontros, festas ou rolês em que o clima de romance não inclui você.
Frases do dia a dia
Já segurou vela alguma vez? Veja aqui alguns exemplos:
- Fui ao cinema com meu amigo e a namorada dele. Resultado: segurei vela o filme inteiro.
- Não vou nesse jantar, só vai casal. Não quero segurar vela.
- A gente marcou de sair em grupo, mas só apareceu eu e os dois namorados. Lá fui eu segurar vela.
- Ela me chamou para ir ao parque com ela e o crush. Já vi que vou segurar vela.
- Estou tão acostumado a segurar vela que já estou pensando em abrir uma loja de castiçais.
Segurando vela na música
A expressão também aparece em letras de canções. Um exemplo é a música sertaneja bem-humorada “Tô de Vela”, do Trio Bravana:
“Santo Antônio, tô solteiro
Até faço serenata, mando flor de madrugada!
Bota um milagre aí
Que eu tô de vela outra vez”.
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