Ao começar uma carta ou e-mail formal, escrevemos “Prezado fulano” ou “Presado fulano”? Um artista que não compartilha informações pessoais está “prezando” ou “presando” pela sua privacidade? A confusão entre o “s” e o “z” na hora de escrever é comum, afinal os dois termos compartilham o mesmo som. Mas é preciso prestar atenção: apesar de as duas palavras existirem, elas possuem significados diferentes.
Prezar
“Prezar”, com “z”, é sinônimo de apreciar, valorizar, considerar, admirar, estimar. Nos exemplos do começo do texto, a carta começa com “Prezado fulano” porque demonstra respeito pelo destinatário por parte do remetente. Já o artista que não compartilha informações pessoais, está prezando pela sua privacidade porque aprecia e zela por ter sua vida íntima resguardada para si.
“Prezar” é um verbo regular transitivo. Confira alguns exemplos abaixo:
- Amiga, prezo muito a nossa amizade.
- Prezado professor, envio este e-mail para confirmar se haverá aula de História na semana que vem.
- Qualquer profissional que se preze deveria respeitar os seus limites.
- Se você preza pela nossa integridade, não conte nada disso para ninguém!
Presar
Para a surpresa de muitos estudantes, a palavra “presar”, com “s”, existe e está correta. Mas o seu significado não tem nada a ver com o “prezar” com “z”. “Presar” significa o mesmo que aprisionar, apreender, capturar. A origem desse verbo é o substantivo “presa”, termo que nomeia tanto o dente canino quanto o animal que é caçado e capturado por outro.
Importante ressaltar, no entanto, que “presar” é a forma aferética do verbo “apresar”. De acordo com o dicionário brasileiro Dicio, o prefixo “a” é dispensável neste caso porque funciona como um elemento protético, isto é, um elemento que “não provoca qualquer alteração de sentido” e é utilizado “apenas como apoio fonético” na pronúncia da palavra. Portanto, é dispensável.
O uso de “presar” pode não ser muito comum, mas ela é, de fato, uma palavra correta e presente no vocabulário da Língua Portuguesa. Por isso mesmo, é importante prestar atenção ao trocar o “z” e o “s” pois, dependendo do significado pretendido na oração, pode, sim, ser um erro.
- Os agentes ambientais presaram os animais selvagens após o ataque.
- Os policiais não conseguiram presar o fugitivo durante a perseguição.
- Meus avós presaram o pobre cachorro dentro da casa.
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