O certo é ‘ciclano, ‘sicrano’ ou ‘siclano’? A resposta vai te surpreender
Dependendo do que você quer dizer, só existe uma forma correta!
Fulano, beltrano e… “sicrano” ou “siclano”? Pois é, além de desconhecer o indivíduo por trás dessa expressão, muita gente também escorrega no português na hora de escrever. Afinal é com “r” ou com “l”? E será que deveríamos usar o “c” ao invés do “s” no início?
O mistério acaba aqui: o certo é “sicrano”, com “s” e “r”. Esta é a forma registrada em dicionários como o Michaelis e o Aulete, além do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa). Dê só uma olhada na definição da palavra:
Indivíduo indeterminado, cujo nome não se conhece ou não se deseja mencionar, depois de se ter feito referência a outros dois, citados como fulano e beltrano: ‘Creio que estavam todos envolvidos no crime: fulano, beltrano e sicrano.’
“Siclano”, com “s”, não existe. Já “ciclano” até existe, mas significa algo completamente diferente segundo os dicionários. Veja a definição no Michaelis:
Grupo de hidrocarbonetos saturados, cíclicos, de fórmula geral CNH2N; cíclano, cicloparafina.
De onde vieram ‘fulano’, ‘beltrano’ e ‘sicrano’?
A origem dessas expressões – no mínimo, curiosas – é incerta. Em seu blog Sobre Palavras, Sérgio Rodrigues afirma que a mais consensual entre elas é “fulano”, oriunda do árabe fulán, que significa justamente sujeito indeterminado. Ela teria sido incorporada ao português por volta do século 13.
Já o nosso “sicrano”, que dá nome a este texto, é bem mais misterioso. Tanto que os etimologistas o definem como um vocábulo de “origem obscura”. Há uma teoria de que ele teria surgido a partir da interjeição espanhola “cit”, mas nada é comprovado.
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