As notícias internacionais mais importantes da semana de 7 de novembro
Veja os destaques do noticiário internacional para quem vai prestar vestibular. Todas as notícias são da Agência Brasil:
Trump é eleito presidente dos Estados Unidos; milhares vão às ruas protestar
O empresário republicano Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos da América na madrugada de quarta-feira (9), depois de uma acirrada disputa com a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Também foram divulgados no mesmo dia os resultados das eleições de senadores e deputados: os republicanos vão continuar dominando o Congresso porque elegeram a maioria de parlamentares nas duas casas. Milhares de pessoas saíram às ruas em todas as grandes cidades americanas para protestar contra as propostas de Trump, como a de expulsar imigrantes e banir a entrada de muçulmanos no país. Hillary Clinton e o presidente Barack Obama estão fazendo apelo para que todos aceitem o resultado das urnas.
Líderes mundiais reagem com espanto, temor e euforia à vitória de Trump
Os líderes internacionais demonstraram reações diversas após os Estados Unidos elegerem Donald Trump como seu futuro presidente. Entre as reações mais positivas, está a do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Trump “é um amigo sincero do Estado de Israel” e que ambos agirão para levar “a segurança, a estabilidade e a paz” para a região. O presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou Trump por sua eleição. Em pronunciamento que já era esperado, pois Putin explicitamente torcia para Trump derrotar a democrata Hillary Clinton, o líder russo comentou “que as relações entre o seu país e os Estados Unidos poderão sair da crise”. Os Estados Unidos e a Rússia são os maiores adversários políticos no cenário internacional, em um conflito ideológico e de interesses que perdura desde a Guerra Fria (1945-1991).
Contrariando boa parte dos líderes mundiais, que publicamente deram um voto de confiança a Donald Trump, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, não escondeu seu pessimismo. “Com Trump, perderemos dois anos: é o tempo necessário para rodar pelo mundo que ele não conhece. Acho que ele pensa que a Bélgica é um vilarejo de algum lugar do nosso continente. Em breve, deveremos mostrar e explicar a ele o que é a Europa”, declarou ele. A Comissão Europeia é o órgão executivo da União Europeia (UE). Juncker ainda ressaltou que os norte-americanos, em geral, não dão atenção para a Europa, e com o republicano não deve ser diferente. Durante a campanha eleitoral, Trump chegou a dizer que Bruxelas, capital da Bélgica e da UE, era o “buraco do inferno” por causa das células terroristas existentes na cidade.
Na América do Sul, além do brasileiro Michel Temer, o argentino Mauricio Macri também parabenizou o novo chefe de Estado e disse que “espera poder trabalhar juntos pelo bem de nosso povo”. O governo cubano não comentou o resultado das eleições, mas anunciou que fará uma semana de exercícios militares em toda a ilha para “enfrentar o inimigo”. Mesmo não se referindo abertamente à mudança de governo nos Estados Unidos, que pode comprometer o processo de degelo das relações entre as duas nações, o momento no qual a notícia foi divulgada faz com que ela seja indiretamente direcionada a Trump e aos republicanos.
Daniel Ortega é reeleito para terceiro mandato como presidente da Nicarágua
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito neste domingo (6), com 71,3%, segundo os resultados preliminares da apuração. Esse será o terceiro mandato presidencial consecutivo do homem que liderou a Revolução Sandinista há 37 anos, derrotando da ditadura de Anastásio Somoza. Os opositores – entre os quais alguns ex-guerrilheiros que lutaram a seu lado – acusam Ortega de autoritarismo e de querer perpetuar a família no poder, como o ditador que ele combateu. Ortega mudou a Constituição para eliminar os limites da reeleição. Seu partido, a Frente Sandinista da Liberação Nacional (FSLN), foi ganhando o controle das instituições. E sua mulher, Rosário Murillo, será vice-presidente.
Às vésperas das eleições, as pesquisas de opinião davam a vitória do casal como certa – até porque o maior partido da oposição foi excluído do pleito e os outros quatro candidatos tinham pouco peso. Ortega não permitiu a presença de observadores internacionais nesta votação, levando uma parte dos opositores a criticar a falta de transparência e fazer campanha pela abstenção. Saiba mais aqui.
França abre maior centro de refugiados da União Europeia
A França abriu nesta quinta-feira (10) o primeiro centro oficial temporário para imigrantes. Localizado no norte de Paris, o estabelecimento é considerado o maior em toda a União Europeia (UE). Exclusivamente reservado para homens, a estrutura conta com 400 postos e, até o fim do ano, será expandida para 600. Cada refugiado ou solicitante de asilo poderá permanecer no local de 5 a 10 dias e a expectativa é que o centro receba 80 pessoas diariamente. Há duas semanas, a França finalizou a evacuação completa do campo de Calais, uma zona que virou centro de acampamento de refugiados que tentavam atravessar o Canal da Mancha.
Em janeiro, perto de Ivry-Sur-Seine, deve ser inaugurado outro centro de acolhimento – com capacidade para 350 pessoas – para receber mulheres e crianças. Mas a ideia das autoridades francesas é que ambas estruturas sejam desmontadas em até dois anos, quando se prevê o fim da crise imigratória na Europa.
Sarampo mata 400 crianças por dia em todo o mundo, diz Unicef
O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que se transmite por contato direto e pelo ar, é uma das principais causas de morte entre as crianças pequenas no mundo, apesar de ser evitável com duas doses de uma vacina segura e eficaz. Quase 400 crianças morrem diariamente de sarampo no mundo, embora a vacinação tenha permitido reduzir o número de mortes em 79% nos últimos 15 anos, revela um relatório divulgado em Genebra nesta sexta (11).
Estima-se que as campanhas de vacinação tenham permitido salvar 20,3 milhões de vidas entre 2000 e 2015, mas o progresso não é equilibrado. Em 2015, cerca de 20 milhões de crianças não foram vacinadas e estima-se que 134 mil tenham morrido da doença. A República Democrática do Congo, a Etiópia, a Índia, a Indonésia, a Nigéria e o Paquistão representam metade das crianças por vacinar e 75% das mortes por sarampo. A região das Américas foi este ano declarada livre da doença, o que prova que a eliminação é possível.