Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como a criação da urna eletrônica mudou as eleições no Brasil

Genuinamente brasileira, a urna já trabalha pelas eleições brasileiras há 30 anos. E o TSE garante: não tem como fraudar

Por Ludimila Ferreira
22 Maio 2024, 19h00
Brazilian_DRE_voting_machine_for_2022_elections
 (Wikimedia Commons/Reprodução)
Continua após publicidade

Bastou começar um novo ano de eleições, para voltarem a circular mensagens questionando a segurança da urna eletrônica. A votação digital realmente é segura? E se a urna for invadida por hackers? É possível saberem em quem eu votei? A verdade é que a urna, alvo de desconfiança, poderia ser antes motivo de exaltação para os brasileiros: ela é uma invenção legitimamente nacional, e mudou as eleições por aqui durante a redemocratização eliminando as fraudes.

Ativa nos locais de votação há quase 30 anos, ela evoluiu ao longo das décadas até ganhar a checagem por biometria em 2018. Descubra sua origem, como funciona e o quão segura é a urna eletrônica.

+ O que Shakespeare nos diz sobre a política brasileira?

Origem da urna eletrônica

A urna foi criada especialmente para a realidade do Brasil. No Código Eleitoral, sua idealização data de 1932, mas ela só foi construída de fato em 1995 e usada pela primeira vez no ano seguinte. Naquele momento, o Brasil ainda passava pelo processo de redemocratização, iniciado em 1985 com a posse de José Sarney na presidência.

Os esforços de trazer a democracia de volta ao Brasil incluiu a criação de um mecanismo que tornasse o processo eleitoral honesto, evitando fraudes que vinham acontecendo há tempos.

“Chegava uma cédula em branco e se dava um jeito de, no momento de abrir a cédula, escrever alguma coisa, algum rabisco que já virava um voto. Tinha gente que botava até grafite embaixo da unha para abrir uma cédula em branco, aí já dava um rabisco de um número ali e já virava um voto, subtraia-se células… Quer dizer, era uma festa na questão de fraudes”, conta o ex-secretário de tecnologia do TSE, Giuseppe Dutra, em entrevista à BBC News Brasil.

Continua após a publicidade

A primeira votação em urna eletrônica aconteceu em 1996 e todo o eleitorado do país votou eletronicamente nas Eleições Municipais de 2000. 

+ Basta ter uma eleição para ser uma democracia?

Como funciona a urna eletrônica

A urna é um aparelho eletrônico, não conectado à internet, que possui um CPU, fonte de energia e software próprio. Seu teclado é similar a de um telefone fixo, com botões mecânicos precisos. Após a digitação do número do candidato ao poder, a foto dele aparece na tela junto ao seu nome, para que o eleitor confira se está correto. Caso não seja aquele o político em quem o cidadão deseja votar, basta apagar os dados e recomeçar.

Cada urna eletrônica possui um cartão de memória próprio, onde os votos do dia ficam armazenados de maneira criptografada, isso evita fraudes e garante a segurança da informação. A contagem dos votos após o fim da eleição é feita completamente de forma digital.

Continua após a publicidade

+ 6 vereadoras que trazem mudança no perfil das câmaras brasileiras

Ligado à urna está o terminal do mesário responsável por liberar o cidadão para votar, seguindo o protocolo da Justiça Eleitoral. No fim do dia é impresso um boletim, como se fosse uma “nota fiscal” da eleição, informando a quantidade de votos daquela urna.

A urna eletrônica ainda garante o sigilo do voto, porque os mecanismos de segurança do aparelho salva os votos em ordem aleatória. Hoje, além do voto eletrônico, também existe a biometria dos eleitores que foi coletada em todo o país para garantir ainda mais segurança, já que impede que uma pessoa se passe por outra.

+ Voto de cabresto: entenda seu funcionamento e como identificá-lo hoje

Continua após a publicidade

A urna eletrônica é segura?

O TSE é enfático e assegura: não é possível que a urna eletrônica seja invadida por hackers. Isso se dá porque elas não são conectadas à internet – diferentemente das urnas já testadas em outros países, como a Noruega. Além disso, contam com mais de 30 barreiras de segurança.

No dia das eleições, elas são transportadas pelas Forças Armadas e, antes da abertura dos locais de votação, é impresso de cada urna um boletim para que seja confirmado que há zero votos até aquele momento. Depois, esse boletim é comparado com o registro do fim do dia.

“Ela afastou a mão humana da apuração. Acabou com as cédulas falsificadas, com o aproveitamento de votos em branco. Ela representa garantia de independência do eleitor e torna as eleições mais limpas. Ela confere legitimidade à democracia que praticamos”, enfatiza ex-ministro Carlos Velloso, que presidiu o TSE de 1994 a 1996 em conversa com o Tribunal Superior Eleitoral

+ Fake news: aprenda a identificar uma notícia falsa

Busca de Cursos

Continua após a publicidade

Entre no canal do GUIA no WhatsApp e receba conteúdos de estudo, redação e atualidades no seu celular!

Compartilhe essa matéria via:

 Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso GUIA DO ESTUDANTE ENEM e tenha acesso a todas as provas do Enem para fazer online e mais de 180 videoaulas com professores do Poliedro, recordista de aprovação nas universidades mais concorridas do país.

Publicidade
Como a criação da urna eletrônica mudou as eleições no Brasil
Atualidades
Como a criação da urna eletrônica mudou as eleições no Brasil
Genuinamente brasileira, a urna já trabalha pelas eleições brasileiras há 30 anos. E o TSE garante: não tem como fraudar

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de 5,99/mês*

BLACK
FRIDAY
Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.