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Brasil tem uma das piores taxas de Ensino Superior do mundo, diz OCDE

Além disso, estamos entre os três piores quando o assunto é doutorado. A pesquisa da OCDE foi divulgada em meio a um cenário de cortes na educação

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 10 set 2019, 16h09 - Publicado em 10 set 2019, 15h48
 (Khushal Sharma/Unsplash/Pixabay/Lucas Silva/Guia do Estudante/Reprodução)
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O Brasil é um dos países com menos pessoas com Ensino Superior completo e com menores taxas de doutores. É o que revela o relatório “Education at a Glance“, publicado nesta terça (10) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avaliou as 45 nações membros ou parceiras da organização. Segundo o documento, apenas 21% dos brasileiros de 25 a 34 anos têm Ensino Superior completo, enquanto a média dos países que fazem parte da OCDE é em torno de 44%.

Quando falamos de níveis mais altos de instrução, como mestrado e doutorado, os números são ainda mais desanimadores: apenas 0,8% das pessoas de 25 a 64 anos no Brasil concluíram o mestrado e 0,2% chegaram ao doutorado — das 35 nações que disponibilizaram dados sobre o doutorado, o Brasil ficou entre as três piores. 

O relatório da OCDE é divulgado em meio a um cenário de cortes na educação, do ensino superior ao básico, mas especialmente na pesquisa. As universidades públicas, onde se concentram 80% dos alunos de mestrado e doutorado, sofreram um corte de 30% de sua verba discricionária em maio. 

Embora entre 2010 e 2016 o investimento nessas instituições tivesse crescido, ele ainda era inferior ao da média dos outros países membros da organização. A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), um dos maiores órgãos de financiamento à pesquisa, cortou 11.800 bolsas neste ano. 

Muito investimento?

Um outro dado relevante trazido pela pesquisa é que, apesar de o Brasil investir uma porcentagem do PIB em educação à destinada por nações desenvolvidas, o investimento por aluno acaba sendo muito menor. Enquanto no Brasil o investimento é de 4,2% do PIB, a média da OCDE é de 3,2%.

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O PIB direcionado à educação é um argumento frequentemente evocado para justificar que se gasta muito com o setor no país, sem considerar, por exemplo, que em países como a Alemanha (sempre alvo de comparações) a população e o número de jovens em idade escolar é muito menor que no Brasil. A população da Alemanha, hoje, é de 82,8 milhões de pessoas, enquanto a brasileira é de 210 milhões. Alem disso, a população alemã entre 15 e 24 anos representa 5,1% do total, enquanto essa faixa etária no Brasil corresponde a 8,3% do total. São muito mais jovens brasileiros do que alemães, e um PIB bem menor para se comparar (US$ 3,6 trilhões da Alemanha, ante US$ 2 trilhões do Brasil). Com isso, o investimento aqui acaba sendo menor. No Ensino Superior, enquanto a Alemanha investe cerca de US$ 17,1 mil por aluno por ano, o Brasil dedica US$ 11,7 mil ao ano. 

A OCDE também compara o número de estudantes em Ensino Superior privado e público. Enquanto o primeiro grupo cresce vertiginosamente no país, entre os desenvolvidos menos de um terço estão em instituições particulares. Segundo o relatório, o predomínio de instituições privadas representa “um ambiente complexo para os formuladores de políticas que buscam garantir que o acesso ao ensino superior não seja prejudicado pelo status socioeconômico dos estudantes”.

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