Já parou para pensar que, há 110 anos, acontecia o estopim da Primeira Guerra Mundial? E que, há 60, ocorreu o golpe que acarretou em 21 anos de Ditadura Militar no Brasil? Ou ainda que, há 30 anos, Nelson Mandela assumia a presidência da África do Sul em meio ao fim do apartheid?
Quando eventos históricos desse porte fazem aniversário redondo, a sociedade costuma se mobilizar. Podem ocorrer celebrações, homenagens, protestos, manifestações, pesares ou campanhas de conscientização, por exemplo.
Os vestibulares também costumam explorar essas datas marcantes de diferentes formas. A banca pode usar o aniversário de um evento como gancho para cobrar um tema em uma questão. Também é possível explorá-los na coletânea de uma proposta de redação e até no texto de apoio para contextualizar um fato histórico.
Por isso, vale a pena conferir quais acontecimentos importantes fazem aniversário redondo em 2024. Para te ajudar, separamos alguns que não podem ficar de fora dos seus estudos esse ano. Uma dica é checar o contexto histórico em que cada um ocorreu, as principais personalidades envolvidas e quais consequências eles trouxeram para a sociedade.
220 anos que Napoleão se tornou imperador (1804)
Em 1804, Napoleão Bonaparte se autocoroou imperador da França. O militar francês liderou tropas do país durante inúmeras batalhas na Europa, principalmente contra as forças contrarrevolucionárias que queriam pôr fim à Revolução Francesa.
Considerado uma das figuras mais emblemáticas da História, Napoleão é reconhecido por suas estratégias de guerra e suas habilidades políticas, que renderam à França a posição de um grande império de conquistas militares, dominando quase todo o continente europeu.
200 anos da Constituição de 1824 (1824)
Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I declarava a independência do Brasil. Dois anos depois, entraria em vigor a primeira Constituição brasileira, a de 1824. Vale destacar que, embora trouxesse um arcabouço legal e institucional que dava sustentação ao recém-criado Estado brasileiro, o documento mantinha o funcionamento da monarquia.
110 anos do início da Primeira Guerra Mundial (1914)
Em meio a um contexto de diversas agitações política pela Europa, em junho de 1914, o arquiduque austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo (capital da Bósnia), por um grupo terrorista nacionalista sérvio. Esse episódio fez com que a Áustria declarasse guerra à Sérvia e, consequentemente, outros países, que estavam envolvidos em um sistema de alianças, tomassem partido no conflito, dando início à Primeira Guerra Mundial.
No total, foram mais de 12 milhões de mortos, 20 milhões de mutilados e países inteiros devastados.
100 anos da morte de Lenin (1924)
Há 100 anos, morria Vladimir Lenin, considerado um dos líderes mais importantes do século 20, de acordo com a Encyclopaedia Britannica. Ele foi o fundador do Partido Comunista Russo, inspirador e líder da revolução bolchevique (1917), além de primeiro líder (entre 1917 e 1924) do Estado Soviético.
Influenciado pela teoria marxista, promoveu medidas que centralizavam o poder em sua figura, buscou combater as desigualdades na Rússia e perseguiu seus opositores.
80 anos do Dia D – invasão da normandia (1944)
O Dia D, que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, foi a maior operação aeronaval da história. Também chamado de Batalha da Normandia, o episódio é considerado o início da retomada de territórios na Europa Ocidental pelos países Aliados.
A Normandia, localizada no Norte da França, estava tomada pelos exércitos nazistas. Soldados americanos, canadenses e britânicos desembarcaram na região, libertaram a França e pressionaram a Alemanha em mais um front de batalha.
70 anos da morte de Getúlio Vargas (1954)
Em 24 de agosto de 1954, o Brasil recebeu a notícia de que o ex-presidente Getúlio Vargas havia cometido suicídio. O evento desencadeou uma intensa reação popular por todo o Brasil. Milhares de brasileiros saíram às ruas para expressar sua tristeza e indignação, ocupando ruas e praças, atacando sedes de partidos de oposição e de jornais, além de quartéis militares.
60 anos da Lei dos Direitos Civis nos Estados Unidos (1964)
Há 60 anos, foi assinada a Lei dos Direitos Civis nos Estados Unidos, que concedia igualdade ampla e nacional a todos os norte-americanos. Assim, a nova legislação proibiu a discriminação racial em locais públicos, como escolas, transportes públicos e restaurantes.
A lei foi uma consequência de uma série de protestos que aconteciam no país para que questões de direitos civis fossem levadas ao Congresso. Para se ter uma noção, em agosto de 1963, mais de 250 mil americanos acompanharam o discurso de Martin Luther King durante a Marcha sobre Washington, manifestação política na qual o ativista defendeu a liberdade, a igualdade e o fim da marginalização dos negros.
60 anos do início da Ditadura Militar brasileira (1964)
Em 2 de abril de 1964, ocorreu o golpe de Estado que daria início à Ditadura Militar brasileira. A intervenção dos militares aconteceu quando o então presidente João Goulart foi afastado pelo Congresso Nacional. Poucos dias depois, o general Humberto Castello Branco tomou posse, após ser eleito de forma indireta pelo Congresso, começando o regime que teria 21 anos de duração.
As primeiras medidas repressivas foram tomadas logo após o golpe, como cassação de mandatos, suspensão de direitos políticos, demissões de funcionários públicos e expulsão de militares das Forças Armadas. Posteriormente, direitos da população, como liberdade de expressão, foram negados e a imprensa foi censurada, entre outras restrições.
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50 anos da Revolução dos Cravos (1974)
Em abril de 1974, ocorreu a chamada Revolução dos Cravos. Soldados liderados por um capitão do Exército português marcharam dos quartéis à sede do governo para derrubar a ditadura salazarista que já durava mais de 40 anos. O movimento ganhou esse nome porque, durante a caminhada, a população os presenteavam com cravos vermelhos e brancos.
O protesto ajudou na implementação de um governo democrático e na criação de uma nova Constituição para o país.
30 anos que Mandela foi eleito presidente (1994)
Em 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul. Vencedor do Nobel da Paz, Mandela dedicou sua vida à luta contra o racismo. Foram 27 anos de prisão, perseguições e muita resistência enquanto tentava promover igualdade, democracia e acabar com o apartheid, um sistema de segregação racial.
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